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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Nesta política selvagem, será que...

As esculturas estão no fosso dos leões do Jardim Zoológico?
(blasfemias.net, 15/05/2009)

A Amêijoa Fresca filtra:

Nesta política selvagem
de natureza animalesca,
tamanha é a voragem
desta encenação burlesca.

São milhões desbaratados
em negócios nauseabundos,
os valores orçamentados
são devorados por vagabundos!

O mexilhão cumpridor
das variadas obrigações,
considera entristecedor
todas estas divagações!

2 comentários:

  1. Verdade ou Mentira?
    A demagogia tomou conta do País. Já ninguém se preocupa em falar a verdade, ser rigoroso e actuar no respeito por um quadro de valores que a democracia impõe. Uns dirão que acontece sempre assim em vésperas de um acto eleitoral. O que me parece é que a moda pegou e todos os políticos, em todas as épocas, que não só em períodos eleitorais, ganharam o hábito de falar do País e dos seus problemas mais importantes com uma ligeireza arrepiante.


    Falam sem vergonha, distorcem a realidade sem pudor, estão, a todo o momento, capazes de desdizer o que antes afirmaram. Não admira assim que os portugueses explicitem a pouca consideração que têm pelos seus políticos – "São todos uns aldrabões!" Observemos alguns exemplos paradigmáticos. É verdade ou mentira que quando o governo tomou posse o País vivia uma situação bem delicada, as instituições estavam desacreditadas, a situação económica estava sem controlo e com um défice elevado?

    É obvio que é verdade. É verdade ou mentira que o governo, contra ventos e marés, iniciou uma etapa de grandes reformas para modernizar Portugal e relançar a economia, de que as medidas mais emblemáticas foram o controlo do défice, que baixou dos 6/7 pontos para 2/3 pontos, como impõe a CE; a reforma fiscal, que impediu, de forma drástica, a fuga aos impostos e o aumento substancial das receitas públicas; a reforma da educação, que pôs em marcha um sistema de ensino moderno, com acesso às novas tecnologias, substituindo o regime laxista e ultrapassado que então vigorava; a simplificação de métodos da Administração Pública e a eliminação de burocracias anacrónicas?

    Claro que é verdade e ninguém de boa-fé pode negá-lo. Mas então o que se diz e o que se ouve? Que o País não ficou melhor com estas reformas, que a actuação do governo não teve mérito nenhum e0 que as medidas tomadas não resolveram qualquer problema. As oposições têm repetido até à exaustão estes postulados demagógicos e mesmo personalidades como Paulo Portas, que integraram os governos da desgraça, aparecem agora a debitar de cátedra como se porventura fosse comparável a situação vivida antes e depois de Sócrates.

    Eu sou daqueles que acreditam que a verdade vem sempre à tona de água e que esta demagogia toda pode enganar uma parte dos portugueses, mas decerto não enganará a maioria ao ponto de fazer esquecer o que de bom foi feito e impedir a vitória do PS nas próximas eleições.

    Emídio Rangel, Jornalista

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  2. Realmente, existe liberdade para aceitarmos as mentiras como verdades insofismáveis. Repito a última quadra:

    O mexilhão cumpridor
    das variadas obrigações,
    considera entristecedor
    todas estas divagações!

    Manuel Brás

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